O que é

Espectroscopia Raman?

É sabido que as técnicas espectroscópicas de uma maneira geral, fornecem informações detalhadas sobre os níveis de energia das espécies em estudo; particularmente no caso da espectroscopia vibracional, a grande vantagem reside na maior riqueza de detalhes proporcionada pelos níveis de energia vibracionais, frente aos níveis de energia eletrônicos: enquanto os espectros eletrônicos são constituídos por bandas largas e usualmente sem estrutura, os vibracionais representam a “impressão digital” das moléculas. [1]
A espectroscopia Raman é uma técnica fotônica de alta resolução que pode proporcionar, em poucos segundos, informação química e estrutural de quase qualquer material, composto orgânico ou inorgânico permitindo assim sua identificação. Esse fenômeno foi observado experimentalmente em 1928 por Chandrasekhara Venkata Raman, na Índia e, por esse motivo, foi chamado de efeito Raman. [2]

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Trata-se de uma técnica que usa uma fonte monocromática de luz a qual, ao atingir um objeto, é espalhada por ele, gerando luz de mesma energia ou de energia diferente da luz incidente. [3] Em uma descrição abreviada, pode-se dizer que no espalhamento inelástico de luz, a radiação eletromagnética interage com a matéria através de seu campo elétrico, levando-a até um estado virtual, assim chamado por não corresponder a um autoestado da molécula. Esse estado virtual pode ter sua energia relaxada de dois modos: a molécula pode retornar ao estado vibrônico original ou pode retornar a um outro estado de diferente energia. No primeiro caso, tem-se o espalhamento elástico de luz, ou espalhamento Rayleigh, enquanto que no segundo caso tem-se o espalhamento inelástico, ou espalhamento Raman. [1]

O interessante é que a diferença de energia entre a radiação incidente e a espalhada corresponde à energia com que átomos presentes na área estudada estão vibrando e essa frequência de vibração permite descobrir como os átomos estão ligados, ter informação sobre a geometria molecular, sobre como as espécies químicas presentes interagem entre si e com o ambiente, entre outras coisas. É por esse motivo que essa ferramenta é tão poderosa, permitindo inclusive a diferenciação de polimorfos, isto é, substâncias que tem diferentes estruturas e, portanto, diferentes propriedades, apesar de terem a mesma fórmula química. [3]

O espalhamento inelástico pode ser subdividido em dois tipos: Stokes (fóton espalhado com energia menor que a do incidente) e anti-Stokes. O efeito Stokes ocorre quando as moléculas recebem a energia no seu estado fundamental, e o anti-Stokes (fóton espalhado com energia maior que a do incidente) a molécula já está em estado excitado, como podemos observar na figura 1. [1,2]

Aplicações

Espectroscopia Raman:

– Indústria farmacêutica;
– Oil and Gas;
– Bioprocessamento;
– Especialidades químicas;
– Controle de processos de indústrias de alimentos e bebidas;
– Indústria de plásticos e polímeros;
– Desenvolvimento de processos;
– Produção e planta piloto.

[1] https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40421997000300014
[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectroscopia_Raman
[3] https://www.crq4.org.br/sms/files/file/Espectroscopia_Raman_4.pdf

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